quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Estação 3: Oito Desafios para a Formação de Professores segundo Bernadete A. Gatti

Bernadete A. Gatti, graduada em Pedagogia pela Universidade de São Paulo e Doutora em Psicologia - Universite de Paris VII - Universite Denis Diderot, com Pós-Doutorados na Université de Montréal e na Pennsylvania State University, destaca oito desafios na formação de professores.
1.      Enfatizar o sentido sociocultural dos conhecimentos: Ausência de visão heterogenia dos alunos. O professor deve ter noções básicas de antropologia e sociologia para saber lhe dar com as difereênças socioculturais, religiosa, comportamentais, etc, dos alunos.
2.      Definir um perfil profissional claro: Esse perfil ou identidade só é definido no exercício do magistério, e não antes, durante a formação. O professor deve conhecer a instituição, escola, universidade, de forma concreta. Assim como o estudante de medicina é apresentado ao hospital. O professor também deveria ser apresentado a escola.
3.      Formar formadores de professores: Não se sabe exatamente sobre a formação de formadores de professores. O que ocorre é que o formador de professores não tem qualificação específica para formação de professores. O deixa a desejar.
4.      Integrar as áreas de conhecimento: Existe uma fragmentação institucional de formação. Há uma dissociação entre os sistemas educacionais e as universidades. Existe pouca interação entre elas. O que faz com que a teoria e a prática não se juntem.
5.      Criar uma carreira atrativa: A carreira de professores não é vista com bons olhos entre a maioria das pessoas, o que é verdadeiro. Ela não é atrativa para a maioria dos seguimentos. O salário por exemplo, deixa a desejar.
6.      Favorecer o módulo escolar: Deve-se da equipe de professores da escola extrair ao máximo de sua formação. Por exemplo: um professor de matemática pode ensinar física, um professor de biologia pode ensinar química. Ou seja, há uma interdisciplinaridade na formação do professor, o que pode ser melhor aproveitado pela escola, a qual, deve também dar condições para que o professor se concentre em uma única escola. Um salário melhor seria um grande incentivo.
7.      Orientar melhor o currículo: Há diretrizes gerais sobre como deve ser o currículo. Deve-se definir temas importantes para nortear o cueeículo.
8.      Planejar o fornecimento dos insumos: Há uma precariedade dos insumos destinados a profissão.o s quais são mal utilizados pela instituição e até mesmo pelo professor. Ocorre também que a distribuição desses insumos é mal planejada.

Referência:

·        Oito desafios da formação de professores parte 1. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WH6kuIPXkvA
·         Oito desafios da formação de professores parte 2. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=42MugNVgQHI>


Estação 2: Vídeo e Síntese.

Nesta estação assistimo a entrevista do Prof. Dr. Marcos Lourieri, professor do programa de pós-graduação em Educação da Universidade Nove de Julho, exibido em 20/07/2010. Logo após, deixamos aqui a síntese com base no que foi visto.

A formação de professores no Brasil já passou por várias mudanças. Dentre elas com o fim da escola normal, que começou em meados do século XIX e foi até 1970, quando houve uma reformulação das Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, as chamadas LDB. Com isso, o antigo segundo grau passou a dirigir-se como um sistema educacional voltado para o ensino profissionalizante do jovem. O foco era formar profissionais para o mercado de trabalho.
                No entanto, na época, havia vários sistemas de formação e com as determinações do poder público o ensino médio passou a ter um único formato. Cessa a escola normal e com isso cessam os institutos de educação, antigos centros de excelência em formação de professores e gestores das séries iniciais.
Com isso veio a Habilitação Específica para o Magistério (HEM), que não foi uma mudança positiva para a educação primária, pois perdeu-se a essência, não havia mais aquela escola voltada para a formação dos professores para as séries iniciais. Com isso qualquer professor que tivesse formação superior; sejam Letras, Física, Geografia, poderiam, por meio de concurso, lecionar tanto no Ensino Médio quanto na formação de professores primários. Não era um professor específico ou especializado na formação de docentes para séries iniciais.
Além disso, havia a rotatividade desses professores. Eles não tinham uma dedicação ou especialização exclusiva para aquela área. Se haviam turmas para a formação de professores primários ele ensinava lá, se não havia ele buscaria outra turma. Com isso o verdadeiro objetivo de formação do profissional das séries iniciais não eram alcançado.

Concluindo, podemos dizer que com o fim das Escolas Normais deixou-se um hiato na educação brasileira. Em especial, o curso de pedagogia tal como era e como continua organizado, mesmo após a legislação de 2006 ainda formam, precariamente, os profissionais para as séries iniciais. Isto porque são muitos conteúdos para serem trabalhados em pouco tempo de formação. Mostrando que ainda há muito o que se fazer para atingirmos uma educação de qualidade para nossos alunos e para a formação dos responsáveis pela educação dos mesmos. 

Estação 1: Texto e Mapa Conceitual

Nesta estação fizemos a leitura do texto de título "História da formação docente no Brasil: três momentos decisivos" e elaboramos esse mapa conceitual, por meio do aplicativo CMAPTOOL.
O texto está disponível nesse link http://coralx.ufsm.br/revce/revce/2005/02/a1.htm

Autores: Marcos André e Jonatha Coelho. 





quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

A Realidade da Profissão Docente no Brasil


A realidade da profissão docente no Brasil não é a ideal. O docente enfrenta várias dificuldades. Primeiro, para alcançar uma formação adequada ao exigente mercado de trabalho atual, deve dedicar muitos anos à sua formação, o que, após isso, possivelmente receberá um salário inferior ao salário de outras profissões, como jogador de futebol, que ganha milhões e não chega nem perto do nível de instrução de um professor doutor, por exemplo.

Atualmente, o governo adotou o slogan “Pátria Educadora”, isto significa, teoricamente, que a educação seria prioridade para o Brasil. Mas a realidade em que convivemos está longe disso. O profissional docente tem de conviver com uma série de desafios, todos os dias, para poder cumprir seu papel profissional e social em nosso país. Em certos casos, além de trabalhar em ambientes sem estrutura, falta de material, com salas de aulas superlotadas e a periculosidade é atribuída ao professor responsabilidades que não são obrigações dele. Um exemplo é quando os pais depositam toda a responsabilidade da socialização do aluno no professor e se tornam ausentes na educação dos filhos.